A questão principal que responde a essa pergunta é no que se refere à construção de vínculos afetivos e do cuidado integral à criança ou ao adolescente.
blog
A questão principal que responde a essa pergunta é no que se refere à construção de vínculos afetivos e do cuidado integral à criança ou ao adolescente.
Ao longo dos anos temos acompanhado um número importante de serviços de acolhimento institucional sofrendo significativas transformações no que diz respeito ao seu funcionamento. E recentemente tem se somado a este cenário, de maneira mais expressiva, organizações que vem optando pelo encerramento definitivo de suas atividades de cuidados a crianças e adolescentes separados de suas famílias.
No domingo, dia 4, o serviço de acolhimento familiar do Instituto Fazendo História foi tema de reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo.
Esse texto tem o intuito de compartilhar uma história, da árvore Baobá, que entrelaça as raízes das memórias esquecidas de nossa nação e, em grande medida, se relaciona ao histórico dos serviços de acolhimento no Brasil.
Este, tem origem no processo de aculturação das crianças indígenas, retiradas de suas famílias no período colonial. O desrespeito ao modo como nossos povos originários se relacionavam com a vida em sociedade, vindo daqueles que aqui chegaram, incutiu de maneira violenta um outro modelo de educar as crianças naquela época: longe de suas famílias, da natureza, do banho de rio e da sua liberdade em comunidade. Os indígenas foram obrigados a abandonar sua língua materna para falar o português, e, junto a isso, foram embutidos em sua cultura, novos valores civilizatórios, crenças e costumes muito diferentes daqueles que existiam nessa terra, até então.
No dia 28 de Junho de 2021, o Instituto Fazendo História realizou a oficina “Primeira Infância – Cidade e Natureza”, que contou com a participação da Arquiteta e Urbanista Úrsula Troncoso e com a Engenheira Florestal Maria Isabel Amado de Barros.
No dia 21 de junho de 2021 foi realizada a oficina “O trabalho com histórias de vida”, que contou com a participação das profissionais Tatiana Barile, coordenadora do Programa de Formação do Instituto Fazendo História, e Daniela Martins, psicóloga e técnica no Programa de Formação do Instituto Fazendo História.
No dia 31 de maio foi realizada a oficina “O Papel do Educador”, que contou com a participação da Valéria Pássaro, pedagoga com especializações e larga experiência na área de educação e acolhimento. Valéria iniciou a apresentação dizendo que, para além de suas formações, ela gosta de estar no papel e na função de educadora. Atua na área social há mais de 20 anos e, mesmo assim, continua aprendendo a ser educadora. Trouxe assim a reflexão de que “o bom educador é aquele que está sempre aberto a aprender”.
Dafne Herrero, pós doutora pela Faculdade de Saúde Pública da USP e consultora do brincar pela International Play Association iniciou o encontro falando sobre a importância do brincar e da “ciência do brincar”, apresentando imagens das áreas de atividade cerebral com a comparação entre uma criança em movimento e uma criança que está parada, que explicitam a importância do movimento e do brincar.
O acolhimento também deve ser a última alternativa de atendimento para uma criança / adolescente que teve algum direito ameaçado ou violado. Dessa forma, antes de sua determinação, as autoridades competentes e os serviços da rede devem intervir na situação de apoio à família no cuidado com seus filhos / as. Somente após o esgotamento de todas as possibilidades de permanência na família de origem e / ou extensa (avós, tios, tias, irmãos mais velhos, primos, entre outros) é que a medida de acolhimento pode ser escolhida.
Seguimos acreditando na potência do trabalho com histórias de vida no contexto de acolhimento. E, com isso, foram selecionados 10 serviços de acolhimento para participar da nova edição do Fazendo Minha História na Grande São Paulo.
Construiremos juntos com cada um dos serviços de acolhimento parceiros uma biblioteca aconchegante para receber 300 livros infantojuvenis. O projeto ainda prevê encontros formativos, álbuns de registro e todo suporte necessário para favorecer o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes acolhidos.
No dia 26 de abril aconteceu a oficina “Chegadas e Partidas: Trabalhando as transições no acolhimento”, que contou com a participação da psicóloga Valéria Tinoco, mestre e doutora em Psicologia Clínica (PUC-SP), co-fundadora, professora e supervisora do 4 Estações Instituto de Psicologia e da Assistente Social Adriana Pinheiro, especialista em violência doméstica contra crianças e adolescentes em políticas públicas e Direitos Sociais, com 20 anos de experiência no Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora – Sapeca (Campinas).
A gerente técnica do IFH, Heloisa de Souza Dantas, junto com a coordenadora de pesquisa, Lara Naddeo, conversaram sobre acolhimento familiar com Instituto Brasileiro de Direito da Criança e do Adolescente (IBDCRIA-ABMP). A entrevista está no boletim da entidade.
Além delas, uma das famílias acolhedoras do IFH, Marcia e Alberto Ferreira, também contaram sobre a experiência de participar de um serviço de acolhimento familiar.
No dia 23 de Abril, data em que se comemora o Dia Mundial do Livro, o Programa Fazendo Minha História organizou um evento online que propôs uma conversa sobre a importância da literatura infantojuvenil no contexto de acolhimento. O diálogo contou com a participação especial de Márcia Leite, que é escritora, educadora e editora da Pulo do Gato.
No dia 22 de março foi realizada a oficina “Famílias Acolhedoras no Brasil”, que contou com a participação da Dra. Jane Valente, doutora em Serviço Social, coordenadora do Plano Primeira Infância de Campinas/SP e Consultora da Rede Latinoamericana de acolhimento familiar (RELAF) e do Dr José Roberto Poiani, Juiz da Vara da Infância e Juventude de Uberlândia/MG. Este encontro faz parte do ciclo de oficinas “Primeira Infância e Acolhimento”, que serão realizadas no decorrer deste ano com apoio do Instituto Samuel Klein.
O projeto "Adoção: Início dos novos vínculos" é um programa de intervenção e pesquisa, idealizado através de uma colaboração entre o Núcleo de Pesquisa e Intervenção em Famílias com Bebês e Crianças (NUFABE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e o Instituto Fazendo História.
O Fazendo Minha História (FMH), um dos programas do Instituto, propõe uma metodologia de trabalho com histórias de vida no contexto do acolhimento, com o objetivo de oferecer meios de expressão para que cada criança e adolescente possa se apropriar e elaborar sua história de vida. A literatura infanto-juvenil, o vínculo afetivo entre um adulto de referência e a criança ou adolescente, e a construção de álbuns em um espaço individualizado são as principais estratégias de trabalho.
O programa de Apadrinhamento Afetivo do Instituto Fazendo História, apoiado pelo CONDECA (Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente), realizou de novembro de 2019 a janeiro de 2021, a multiplicação de sua metodologia em 3 regiões do estado de São Paulo: Vale do Paraíba (municípios de São José dos Campos e Jacareí), Várzea Paulista (municípios de Campo Limpo Paulista, Francisco Morato e Várzea Paulista) e Presidente Prudente (municípios de Pirapozinho e Presidente Prudente).
A transição do acolhimento (institucional e familiar) para a família adotiva é um período delicado e complexo, que requer dos técnicos do acolhimento e da Vara da Infância e Juventude, um olhar atento para as manifestações da criança e dos pretendentes à sua adoção. Afinal, é preciso mediar um encontro muito esperado para a família e inédito para a criança, um encontro permeado de fortes emoções.
A pesquisa “Minha Vida Fora Dali” teve por objetivo conhecer a perspectiva dos jovens sobre pontos positivos e negativos de suas vivências em relação às três grandes dimensões do Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária: (1) apoio à família e prevenção do afastamento familiar; (2) reordenamento dos serviços de acolhimento; e (3) adoção centrada no superior interesse da criança e do adolescente. Participaram do estudo 27 jovens egressos de serviços de acolhimento para crianças e adolescentes, representantes das diferentes macrorregiões brasileiras. Eles foram ouvidos durante os meses de agosto e setembro de 2020, por meio de entrevistas em grupo e individuais.
Desde março de 2020, com o início das medidas de isolamento social em função da pandemia do COVID-19, nos surpreendemos com o trabalho psicoterapêutico que podia acontecer virtualmente com crianças e adolescentes.