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O Instituto

Abrigo é Casa!

Abrigo é Casa!

Combinei com Maria que chegaria em sua casa as 8 horas da manhã. Toco a campainha uns minutos antes do combinado. Quem me atende é sua irmã mais nova, Carla, de 5 anos, com um prato cheio de frutas na mão. Hora do café da manhã...

Orfanatos não existem!

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Orfanatos não existem!

Como assim orfanatos não existem? Onde moram então as "crianças abandonadas"? 
Pois é, precisamos falar sobre Acolhimento Institucional e o histórico do cuidado com crianças e adolescente no nosso país...

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Publicação oferece materiais com informações sobre o desenvolvimento de crianças e adolescentes

Publicação oferece materiais com informações sobre o desenvolvimento de crianças e adolescentes

A Revista Bem Cuidar busca soluções para os desafios do nosso dia a dia, traz posicionamentos políticos, mobiliza a sociedade e aponta caminhos para o cuidado como um direito fundamental.
 
A publicação, de iniciativa da Aldeias Infantis SOS Brasil, tem como sustentação editorial um movimento de organização sociais, gestores públicos, movimentos, acadêmicos e profissionais do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança  e do Adolescente, que contribuem para seu conteúdo. Gratuita, ela também tem como objetivo ser uma ferramenta de reflexão e formação de todos os profissionais que trabalham por um desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens mais saudável, afetuoso, participativo e protetor.

O Instituto Fazendo História, além de já ter tido seu trabalho publicado na revista, é um estusiasta dos demais materiais produzidos!

Faça downloads das edições já publicadas:

Edição 1

Edição 2

Edição 3

Edição 4

 

Trabalho voluntário em serviços de acolhimento: mais ajuda quem transforma

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Trabalho voluntário em serviços de acolhimento: mais ajuda quem transforma

O serviço de acolhimento deve ser um espaço no qual as crianças e os adolescentes se sintam protegidos, cuidados, acolhidos e criem vínculos de confiança que favoreçam o seu desenvolvimento integral e a construção de autonomia nesse período de transição. Estabilidade e tempo de convivência são indispensáveis para que se criem os tão necessários vínculos afetivos.

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Pessoas da comunidade devem ser envolvidas nos cuidados das crianças e adolescentes a partir da parceria com a equipe do serviço de acolhimento em benefício da criança ou do adolescente: em favor de seu crescimento pessoal e do fortalecimento de sua identidade.

Veja abaixo alguns pontos importantes que devem ser considerados para a atividade voluntária qualificada dentro dos serviços de acolhimento:

             - Conhecer a realidade: antes de começar o trabalho, o voluntário precisa conhecer a complexidade e delicadeza do serviço de acolhimento, entender sua função, como funciona e estar ciente de qual será sua contribuição neste cenário.

             - Adoção: o envolvimento a partir de um trabalho voluntário em um serviço de acolhimento não facilita processos de adoção. Se esse for seu interesse, vá até a Vara da Infância e Juventude mais próxima a sua casa e informe-se sobre o processo para entrar no Cadastro Nacional de Adoção.

             - Comprometimento: o voluntário tem um compromisso com o serviço e com as crianças e adolescentes; não pode jamais sumir ou abandonar o trabalho no meio sem considerar os vínculos estabelecidos. O voluntário só deve se comprometer com aquilo que é capaz de cumprir.

             - Formação e supervisão: é preciso ter clareza de que para realizar um trabalho voluntário é necessário planejar considerando e contemplando tudo o que a entrada no serviço pode reverberar. Profissionais da área devem apoiar a ação do início ao fim.

             - Consciência de seu papel: deve-se levar em consideração que o serviço de acolhimento é a casa das crianças e adolescentes e o voluntário é como uma visita. Portanto, não se deve aparecer em qualquer momento do dia sem prévio combinado, nem entrar nos quartos ou cozinha sem um convite.

             - Horários: o voluntário deve cumprir o horário estabelecido, pois assim como em qualquer casa, há uma organização a ser seguida. Mudar de horário sem avisar atrapalha a rotina.

             - O que gera transformação: Para que o trabalho renda efeitos positivos, este deve ser constante e não pontual; o tempo do trabalho é essencial para criar um vínculo estável e de confiança com as crianças e adolescentes.

             - Cuidado com o que fala: o voluntário deve evitar o levantamento de falsas expectativas com as crianças e adolescentes. Ao optar por uma aproximação afetiva com eles, deve agir à altura de seu papel e importância em suas vidas, não repetindo histórias de rupturas.

              - Ações pontuais em datas comemorativas: nessas datas, é comum chegar ao serviço uma quantidade excessiva de presentes e chocolates, muitas vezes produzindo um desafio para o serviço, que precisa realizar um processo de distribuição de tudo, cuidando para que as crianças e adolescentes se sintam protagonistas e não rotulados no lugar de carentes; para que entendam que também têm coisas a oferecer e não apenas receber. É importante que a condição do acolhimento não faça com que as crianças e adolescentes fiquem somente no papel daquele que necessita, a quem tudo falta. Eles podem e devem ser convocadas a oferecer ao mundo aquilo que têm como potência.

              - Doação de coisas usadas: itens que não são mais úteis para você podem ser muito bem aproveitados pelos serviços, se em bom estado. Brinquedos quebrados, roupas rasgadas e livros mofados não são apropriados para ninguém. Coisas assim acabam dando um ar de descuido para o lugar ou criam mais trabalho para o serviço, que precisa encontrar meios de se desfazer destes adequadamente.

              - Festa com voluntários pontuais: se na nossa casa, mesmo para quem é festeiro, a entrada de pessoas estranhas sempre traz um incômodo, por que ali seria diferente? Você já foi numa festa que não conhecia ninguém? Pode até sorrir mas, convenhamos, é difícil curtir de verdade. Agora pense em um monte de festas. É claro que as crianças e adolescentes gostam de se divertir mas, vejamos, o que eles precisam não é de palhaços e pirulitos junto a desconhecidos. Uma criança que vive na rua gosta de receber o trocado do farol mas sabemos que isso mantém a ordem equivocada e não promove as mudanças necessárias. Nos serviços de acolhimento é a mesma coisa: a criança ou adolescente pode até gostar de ganhar presentes de estranhos e de festas cheias de atrativos, mas isso a mantém no papel de carente. É preciso assumi-los como potentes e oferecer oportunidades para que brilhem.

                Aos interessados em se envolver com as crianças e adolescentes acolhidos, sugerimos que participem de um de nossos projetos como voluntário. Caso não possa assumir um compromisso de longo prazo, procure organizações que oferecem oportunidades de trabalho voluntário qualificado.

 

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Servidores da Justiça terão curso on-line sobre adoção e apadrinhamento

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Servidores da Justiça terão curso on-line sobre adoção e apadrinhamento

Os servidores do Poder Judiciário de todo país que trabalham com crianças em situação de acolhimento poderão receber treinamento pelo “Programa de formação para os núcleos de preparação para adoção e apadrinhamento afetivo”.

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O projeto é da Organização Não-Governamental (ONG) Aconchego, em parceria com a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e oferece curso gratuito à distância, em 80 horas, no período de 5 de abril a 31 de maio.

A iniciativa é para aprimorar os conceitos, as diretrizes e a metodologia sobre a preparação para adoção e apadrinhamento afetivo com orientações para a condução de grupos de preparação de adotantes, padrinhos, madrinhas, crianças e adolescentes cadastrados para adoção ou incluídos no Programa de Apadrinhamento Afetivo.

 A psicóloga Maria da Penha Oliveira, coordenadora do programa de apadrinhamento afetivo da ONG Aconchego, disse que muitas comarcas de Justiça não fazem essa preparação de modo adequado ou de modo que promova a reflexão de desejos e da motivação, desmistificando mitos e preconceitos, trabalhando a criança idealizada, entre outros temas.

“Temos conhecimento de que algumas comarcas fazem apenas uma palestra informativa, que para nós pode resultar no maior de todos os males para a criança, que é sua devolução”, diz Penha.

Para Penha de Oliveira, a replicação da metodologia de formação em todo o Brasil possibilita que os profissionais falem a mesma linguagem nessa preparação. “É um fator importante, se pensarmos que, com o Cadastro Nacional da Adoção, os pretendentes podem adotar crianças de outra região que não a sua”, diz.

De acordo com dados do Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA), da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estão acolhidas mais de 46 mil crianças com idade entre 0 e 17 anos. Dessas, conforme os dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), 7.201 estão para adoção e as demais em processo de destituição familiar ou em tentativa de reintegração.

Existem no Brasil 3.987 entidades acolhedoras credenciadas junto ao Judiciário.

Apadrinhamento afetivo – O apadrinhamento afetivo é um programa voltado para crianças e adolescentes que vivem em situação de acolhimento ou em famílias acolhedoras, no sentido de promover vínculos afetivos seguros e duradouros entre eles e pessoas da comunidade que se dispõem a ser padrinhos e madrinhas. O padrinho ou a madrinha se torna uma referência na vida da criança, mas não recebe a guarda, pois o guardião continua sendo a instituição de acolhimento. Os padrinhos podem visitar a criança e, mediante autorização e supervisão, realizar passeios e até mesmo viagens com as crianças. 

 Melhorias no cadastro – Ao assumir a Corregedoria Nacional de Justiça, o ministro João Otávio Noronha determinou que fosse realizado, por um grupo de trabalho, um levantamento das condições do sistema, identificação dos principais problemas e posterior reformulação do cadastro. Além do CNA, o grupo – instalado pela Portaria n. 36/2016 (http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=3226) – também vai avaliar possíveis mudanças relativas ao Cadastro Nacional de Adolescentes em Conflito com a Lei e propor melhorias. Ao longo do ano, a Corregedoria vai promover workshops em diversas regiões do Brasil com todo o sistema de Justiça para debater alterações no cadastro. 

As inscrições podem ser feitas aqui.

(Fonte: Conselho Nacional de Justiça)

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"Alike": um curta metragem para ser assistido todos os dias

"Alike": um curta metragem para ser assistido todos os dias

Este curta metragem espanhol, em 7 minutos, faz a gente pensar na criatividade, na imaginação e no afeto como caminhos para uma vida mais colorida. Ele transporta para a rotina de um pai e seu filho, parecidos demais um com o outro, mas com visões de mundo que estão se distanciando.

O vídeo ficou famoso no mundo todo por tratar, de maneira simples, o cotidiano da vida moderna: a rotina e a falta de cor no dia a dia.

Alike retrata a forma como encaramos o mundo ao nosso redor, muitas vezes intoxicados pela rotina que nos cerca, vamos perdendo nossa vida, deixando de lado a imaginação e o afeto...

Um curta que merece ser todos os dias da vida. Vale cada segundo!

Crianças do abrigo Butantã, parceiro do IFH, ganham cardápio com alimentos orgânicos

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Crianças do abrigo Butantã, parceiro do IFH, ganham cardápio com alimentos orgânicos

Vinte crianças e adolescentes de um dos abrigos parceiros do Instituto Fazendo História, o abrigo Butantã, passarão a se alimentar de produtos orgânicos, fresquinhos e sem qualquer tipo de agrotóxico. A iniciativa é da Banca Orgânica – projeto do Instituto Auá que facilita a entrega de alimentos do produtor diretamente ao consumidor. O Instituto Fazendo História fez o intermédio entre as duas entidades, possibilitando que a parceria acontecesse.

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E como a parceria irá funcionar? As cestas semanais com até 15 itens orgânicos que cada associado suspender, serão doadas pelo Instituto Auá para o abrigo. E ganham, principalmente, as crianças e adolescentes que terão um cardápio mais saudável, com  alimentos orgânicos mais nutritivos, livres de agrotóxicos e responsáveis por prevenir doenças. A agricultura orgânica e agroecológica trabalha respeitando os ciclos naturais de cada alimento e o que a natureza oferece nas diferentes estações, além de preservar rios, nascentes, solo e a biodiversidade local.

Apesar do desafio de se reduzir a alimentação baseada em produtos industrializados, principalmente doces e refrigerantes, é possível inserir alimentos saudáveis no cardápio infantil de forma atraente. É a opinião de Silmara Marazzi, coordenadora geral do abrigo, que diz realizar um sonho com as cestas orgânicas e a chance de pesquisar receitas com alimentos frescos e saborosos. No abrigo, eles já cultivam temperos e PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) em vasos para fins educativos, e com os orgânicos ampliam-se as possibilidades de falar aos jovens sobre o valor do meio ambiente.

O Instituto Fazendo História, por ser um defensor da alimentação mais natural e menos industrializada, principalmente para as crianças e jovens, fica feliz com a nossa parceria e torce para que isso se estenda a outros abrigos.

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 "Empatia na educação" é tema de publicação desenvolvida pela Ashoka e Instituto Alana

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"Empatia na educação" é tema de publicação desenvolvida pela Ashoka e Instituto Alana

O valor da empatia reativa o interesse pelas pessoas que nos cercam e, dessa maneira, desenvolver relações harmônicas, pois às vezes as preocupações e a correria do dia a dia nos levam a centrar-nos em nós mesmos e a tornar-nos indiferentes diante dos outros. Diversos autores, palestrantes e acadêmicos já falam da empatia como algo necessário num mundo tão individualista. Recentemente, foi a vez de estudiosos da educação pensarem o tema  e o inserirem no cotidiano das escolas do Brasil.

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Pensando nisso, a Ashoka e o Instituto Alana desenvolveram a publicação "A importância da empatia na Educação". Composta por nove artigos, o livro é fruto de uma roda de conversa realizada entre os autores, que decidiram sistematizar os debates em forma de textos.

Os artigos falam em "importância da famílias na escola", resolução de conflitos cotidianos, transformação social, solidariedade, entre outros temas. 

Com a publicação, espera-se contribuir para que educadores, artistas, pais, coordenadores de centros culturais, diretores de escolas e demais profissionais comprometidos com a formação de crianças e jovens participem do debate sobre a importância de promover a empatia como um valor e uma competência primordial.

A ideia da leitura é que as reflexões despertem inquietações e ações que contribuam para práticas educativas que não separem inteligência emocional e intelectual, pois elas vivem juntas. E que esse entendimento seja disseminado e defendido por todos aqueles que acreditam num mundo mais amigável.

Para fazer o download da publicação, clique aqui

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Reflexões sobre a rotina dos serviços de acolhimento: "Ritos de Passagem"

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Reflexões sobre a rotina dos serviços de acolhimento: "Ritos de Passagem"

O Instituto Fazendo História publica periodicamente situações cotidianas dos serviços de acolhimento, para estimular reflexões e a construção de estratégias a partir de critérios técnicos e não pessoais. 

As situações apresentadas fazem parte do kit de Formação “Vamos Abrir a Roda” e abrangem diferentes temáticas: adolescência, bebês, agressividade e limites, histórias de vida, ritos de passagem, entre outras.

Para pensar! O tema das DUAS situações de hoje é: Ritos de Passagem

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Situação 1

Mikael (8), Luana (7) e Felipe (4) são irmãos e acabaram de chegar à casa. Ainda não sabemos bem o motivo pelo qual estão aqui, tentamos conversar com eles, mas entendemos ainda pouco sobre essa família. Está chegando a hora de dormir e eles dizem insistentemente que querem dormir juntos... Mas a regra aqui da casa é que os quartos são separados por idade e sexo. E agora?

Considerando todas as mudanças e rupturas que as crianças e adolescentes passam  no momento em que são acolhidas, pode-se pensar que a presença dos irmãos seja um fator bastante amenizador deste sofrimento. Na situação apresentada, é possível pensar que os irmãos costumavam dormir juntos na sua casa ou que a possibilidade de ficarem juntos ali traz um tanto de segurança para essa situação. Entendendo que o momento da chegada como um processo de adaptação, talvez possa ser criada alguma flexibilidade na regra dos quartos para construir uma transição: que valide e apresente as regras da casa, mas considere a história e a adaptação das crianças. Vale pensar em itens que promovam maior conforto e segurança às crianças e as ajudem neste processo, como por exemplo, ler histórias e conversar na hora de dormir, oferecer um bichinho de pelúcia para “acompanhá-la”.

Situação 2

Tábara (5) e Talita (3) foram acolhidas já com o poder familiar destituído e sabíamos que seria rápido o encaminhamento para uma família adotiva. Depois de três meses de convivência na casa e dois finais de semana com a família, o juiz já deu a guarda provisória para a família adotante. Eles foram passar o final de semana e não voltaram. Não deu tempo de se despedirem das outras crianças, nem dos educadores.

Uma situação como esta, apesar de nos deixar felizes por um lado (pelo sucesso na concretização da adoção), mobiliza fortes sentimentos em todos na casa. A brusca ruptura não deixa espaço para que crianças, adolescentes e profissionais elaborem a separação da criança com quem estabeleceram um forte vínculo no período de convivência. Para as crianças e adolescentes, é muitas vezes um momento de dar-se conta de que “mais um foi e eu fiquei”. A ausência de algo que marque o desligamento de um dos acolhidos dá, ainda, a sensação de que o período vivido no abrigo e as relações construídas neste tempo não são tão importantes assim. Sempre que possível, é interessante que a equipe da casa promova um ritual, que ajude quem vai e quem fica a lidar com a despedida de forma positiva. Sentir que quem vai deixa a sua marca e também leva algo deste período consigo é essencial, e concretizar essa premissa em forma de fotos, cartas e produções artísticas costuma ajudar.

Quando ocorrerem saídas bruscas, seja por qual motivo for, é possível ainda pensar em estratégias reparadoras, como por exemplo, uma roda de conversa com as crianças e educadores, organização de uma visita das crianças adotadas às casa para um encontro final, o envio de cartas de despedida ou telefonemas, em último caso.

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