O Instituto Fazendo História entende que o dinheiro aplicado no sistema educacional representa o mais importante investimento de nosso país e lamenta os recentes cortes orçamentários no Ministério da Educação.
De acordo com o Jornal Folha de S. Paulo, o bloqueio orçamentário no Ministério da Educação atinge recursos que vão da educação infantil à pós-graduação. Foram provisionados R$7,3 bilhões em cortes. A educação básica, etapa que vai da educação infantil ao ensino médio, teve um contingenciamento de R$680 milhões. Desse total, R$144 milhões eram recursos para compra de livros. Já as universidades federais sofreram bloqueio de R$2 bilhões.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 2 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola – o equivalente a 5% dos indivíduos nessa faixa etária. Ou seja, o desafio ainda é o de universalizar a escola. Cortes no sistema educacional soa como uma afronta. A falta de investimentos na educação de um país significa o reforço à desigualdade, já tão presente no nosso país, pois esta representa o melhor caminho para que ciclos de pobreza e miséria sejam interrompidos.
Uma pesquisa de repercussão mundial feita pelo economista americano James Heckman calculou que a cada dólar investido na primeira infância há retorno de sete dólares para a sociedade. A Educação é, por evidências científicas, o melhor investimento e a mais poderosa ferramenta de desenvolvimento humano e econômico de um país.
Como escreveu Paulo Freire: "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda".