No dia 19 de setembro de 2023, o Instituto Fazendo História realizou a quarta oficina presencial do Projeto Formação Profissional para o Trabalho com Jovens, com o apoio do FUMCAD (Fundo Municipal da Criança e do Adolescente), no Instituto Pólis. Sob o título "Os Limites do Educador no Trabalho com Adolescentes", o encontro foi direcionado aos profissionais que atuam nos Serviços de Acolhimento e outros atores da Rede Socioassistencial e do Sistema de Garantia de Direitos da Cidade de São Paulo. O convidado José Nildo Alves Cardoso, um advogado, professor, assessor parlamentar, teólogo e especialista em Direito das Crianças e Adolescentes, conduziu uma jornada de reflexão profunda sobre os desafios e responsabilidades do trabalho com adolescentes vulneráveis.
O encontro começou com saudações e agradecimentos, seguidos pela apresentação de José Nildo, que compartilhou sua vasta experiência e envolvimento no campo da educação social. A plateia foi convidada a expressar suas expectativas e preocupações para o dia. Zé destacou que ser educador social não é apenas um emprego, mas uma filosofia de vida. Educar é um compromisso que transcende o horário de trabalho e exige intencionalidade na promoção da transformação social e da liberdade dos educandos.
A oficina abordou a necessidade de reconhecer o adultocentrismo e tratar os adolescentes como indivíduos em peculiar desenvolvimento. A ênfase foi dada à importância de criar um ambiente de aprendizado que desperte a curiosidade e o encantamento pelo saber.
A discussão se concentrou em definir o que são limites, quem os estabelece nas relações humanas, e como os educadores sociais devem ter autoridade sem serem autoritários. O conceito de ética profissional foi abordado, incluindo questões éticas e dilemas que os educadores sociais podem enfrentar ao definir limites adequados.
José Nildo também explorou a transferência (quando os adolescentes projetam emoções nos educadores) e a contratransferência (reações emocionais dos educadores) e como lidar com esses processos.
Foi lembrado a importância do autocuidado, que influencia diretamente o trabalho com adolescentes. Sinais de esgotamento e burnout foram discutidos, bem como a busca por apoio quando necessário.
A Oficina incluiu casos para estimular discussões sobre desafios éticos e práticos enfrentados pelos educadores sociais. O encerramento envolveu a abertura para perguntas, discussões e compartilhamento de experiências entre os participantes.
José Nildo convidou os educadores a compartilhar um compromisso pessoal sobre como aplicar as estratégias discutidas em seu trabalho. O encontro foi uma oportunidade única para reflexão e aprendizado, deixando a todos com insights valiosos sobre os limites do educador ao trabalhar com adolescentes.
Confira o vídeo com a oficina completa: clique aqui.