Pertencer à cidade não é algo simples aos jovens. Muitas vezes, nem aos adultos. Algo que exige curiosidade, entrega e coragem. Coragem para descobrir o que não se sabe. Para se arriscar no desconhecido. Para olhar para os lados e contemplar. Mais do que saber andar de ônibus, saber qual estação descer no metrô ou atravessar na faixa de pedestres. Tem algo a mais, além de entender o “simples” funcionamento da cidade.
Ir a museus e exposições, explorar parques e praças públicas, assistir apresentações de teatro, música e cinema, andar pela cidade e participar de atividades culturais são ações que contribuem para o envolvimento do jovem com o território. Ampliam sua possibilidade de mundo interno e externo. Na arte, na rua e na cultura, ele é capaz de se encontrar, descobrir seus gostos e preferências, se conhecer e reconhecer.
Pertencer à cidade exige estabelecer laços com ela. E isso só é possível com o dia-a-dia, com a “con-vivência”. Com o ir e vir que ela oferece. E assim vai se criando intimidade e, aos poucos, ela pode ser vista e vivida como acolhedora. Assim, fica mais fácil viver nela, confiar e dela sentir-se parte. Lugares do território podem ser referências importantes para a formação do senso de pertencimento do jovem.
Circular pela cidade, conhecê-la e se apropriar dos espaços que ela oferece amplia o repertório cultural e olhar crítico do jovem sobre seu território. Além disso, entrar em contato com uma gama diversa de elementos culturais também favorece a expressão de pensamentos, sentimentos e sensações internas muitas vezes conflituosas e difíceis de serem expressas pelo jovem através da fala.
Portanto, bora colocar o jovem pra ocupar a cidade!